• Botijão de gás pode ficar até 8,9% mais caro hoje

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  • 05/12/2017 09:05

    A Petrobras divulgou que os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg – o chamado gás de cozinha – vai sofrer reajuste de 8,9% a partir de hoje. O aumento foi motivado pela alta nas cotações do produto nos mercados internacionais, segundo nota enviada pela estatal.

    A empresa frisou que reflexos no preço final ao consumidor vão depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedoras. O aumento não se aplica ao preço do gás destinado a uso industrial e comercial. Em Petrópolis, os distribuidores receberam a notícia de forma negativa.

    Trabalhando no ramo há 18 anos, Edmar de Oliveira Dias afirma que está cada vez mais difícil trabalhar. “Como vamos praticar esses novos valores? Estamos sempre tentando segurar os reajustes para que o consumidor final não seja tão prejudicado, afinal, as pessoas buscam cada vez mais os menores preços, mas, desta vez, temo que não conseguiremos agir dessa forma e é provável que já a partir de quarta-feira comecemos a mudar os valores dos botijões”, disse, insatisfeito.

    Ainda segundo o empresário, o ano de 2017 foi especialmente complicado para o setor. “Antigamente o gás sofria reajuste uma vez por ano, às vezes duas no máximo. Este ano presenciamos meses onde houve dois aumentos seguidos. Isso não é possível! Dessa forma os vendedores informais, que nos prejudicam muito, vão ganhar cada vez mais espaço. Afinal, eles não pagam as taxas com que temos que arcar”, afirmou.

    Este ano, o preço médio do gás de cozinha no país acumula alta de 17,7%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O valor médio do botijão para o consumidor saltou de R$ 55,74 na primeira semana de janeiro para R$ 65,64 na semana encerrada em 2 de dezembro. Pela nova política de preços adotada pela Petrobras desde junho, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passou a ser revisado todos os meses. Desde junho, foram anunciados seis aumentos e uma redução no preço do gás de cozinha.

    “Isso é uma falta de respeito com o consumidor! As coisas não podem continuar dessa forma. O gás precisa ser tabelado para que fique justo para todos. Não pode continuar sendo reajustado dessa forma”, desabafou. 

    O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), informou que o reajuste oscilará entre 7,3% e 9,9%, de acordo com o polo de suprimento.



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