• Bodas de Caná

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  • 22/01/2016 10:00

    O texto bíblico de Joâo 2. 1-11, conta que Jesus transformou água em vinho é o primeiro milagre no Evangelho de João. E este milagre nos chama a atenção, pois é um milagre diferente dos demais que Jesus fez.

    Na Palestina do tempo de Jesus, uma festa de casamento costumava durar sete dias. E o vinho era essencial para tornar este tempo alegre e agradável. Mas, num determinado momento da festa, quando a animação já era grande e os convidados já estavam embriagados, o vinho acaba. E Jesus, depois que sua mãe lhe pede ajuda, transforma 600 litros de água em vinho da melhor qualidade (são seis potes de pedra nos quais cabem de 80 a 120 litros de água. 

    Aos nossos olhos, parece que desta vez Jesus exagerou – ou, para muitos, nem deveria ter feito tal milagre. E este ainda é o primeiro sinal através do qual Jesus manifesta a sua glória!

    Gostaria de convidar os leitores a refletir comigo e, em primeiro lugar, dizer que nós não devemos olhar tanto para a forma do milagre, para o milagre em si, mas devemos olhar para o conteúdo, para a mensagem que Ele quer transmitir. Ao transformar água em vinho, Jesus quer falar da salvação, da transformação que haverá com a sua morte e ressureição na vida religiosa das pessoas, da diferença entre o judaísmo e a nova proposta de fé e vida que Ele vem trazer. Descobrimos isso analisando os elementos do milagre: a água e o vinho.

    A água que havia nas talhas era destinada para ritos de purificação antes e depois das refeições. Observemos que este lavar as mãos, aspergir-se não era somente por motivos de higiene, mas por motivos religiosos. Tais ritos deveriam ser cumpridos para que se pudesse alcançar a salvação, pois, para os judeus, a salvação dependia do cumprimento da lei de Deus e de ritos religiosos. E este rito de purificação fazia parte da lei religiosa.

    O vinho é dádiva, é presente do noivo no dia da festa. Lembra o sangue de Cristo derramado na cruz para a nossa salvação – também dádiva, presente. Devemos lembrar que o Evangelho de João foi escrito entre 90 e 100 depois de Cristo, e todas as Comunidades cristãs celebravam a Santa Ceia, lembrando a morte de Cristo na cruz. A comparação é simples: a alegria da festa proporcionada pelo vinho são a antecipação da alegria e da festa que haverá no Reino de Deus. Pela fé em Jesus Cristo, não é mais necessário cumprir obrigações rituais para que se possa alcançar a salvação. Jesus representa a libertação do peso da lei judaica. A salvação vem pela fé, não pelo cumprimento das obras da lei (Romanos 3.28).

     Deste modo, o texto compara a água com a lei judaica e o peso dos seus rituais e compara o vinho com a salvação e a alegria do Reino de Deus, livre do peso das leis religiosas. É este o “recado” que Jesus quer dar com este milagre. 

     E, ao transformar água em vinho, Jesus também quer mostrar que a vida no Seu Reino é vida alegre, feliz, em festa, assim como é uma festa de casamento – uma festa bonita, alegre, feliz.

    E nós já temos entre nós sinais deste reino de alegria:

    – Jesus nasceu, viveu entre nós, nos deixou seus ensinamentos. Sim, nós podemos viver alegres, festejar, pois nós temos um forte e grande motivo para tal, que justamente Jesus – ele morreu e ressuscitou para nossa salvação, nos libertou do poder do pecado e da morte eterna. Que assim possamos crer e viver. Amém

    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:30h. Tel. 24.2242-1703


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