• Aumento no número de casos de conjuntivite leva Saúde a fazer alerta

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  • 22/02/2018 11:00

    Após o período de Carnaval, a Secretaria de Saúde registrou aumento nos atendimentos de pacientes com conjuntivite nas UPAs. Apenas na segunda-feira 65 pessoas foram atendidas no local com sintomas da doença inflamatória. Por ser de fácil transmissão, a Prefeitura faz um alerta para que, já nos sintomas iniciais – coceira e ardência nos olhos – a pessoa busque imediatamente uma das unidades de Saúde.

    A inflamação atinge a membrana que recobre os olhos (conjuntiva). A conjuntivite causa um quadro de grande incômodo para os pacientes e exige tratamento imediato. Nos quadros leves é utilizado apenas um colírio com tratamento de até 3 dias, mas em casos mais graves podem ser necessários o uso de anti-inflamatório e colírio durante maior tempo de tratamento.

    O superintendente hospitalar de Urgência e Emergência, Claudio Morgado, explica que a alta de casos começou em janeiro, logo com o aumento da temperatura no verão. Apenas na UPA Cascatinha foram registrados 144 casos em janeiro e 187 em fevereiro. A média de atendimentos é a mesma na unidade do Centro.

    “Embora as conjuntivites possam ser de causa alérgica, viral, bacteriana ou por irritação química, somente as infecciosas (virais e bacterianas) é que são contagiosas. As virais são as que mais frequentemente são causas de epidemias. Tivemos muitos casos de pessoas que viajaram para a praia no feriado de Carnaval e retornaram com a doença, então a nossa orientação é que, já nos primeiros sinais dos sintomas, a pessoa procure atendimento médico para uma melhor resposta ao tratamento”, avalia.

    A estudante Márcia Regina de Almeida, 24 anos, passou o Carnaval na Região dos Lagos e retornou ao município com os olhos irritados. Aconselhada pela irmã, ela buscou atendimento na UPA de Cascatinha. “Vim pois estava incomodando bastante e ardendo. Graças a Deus a minha está no início, então só vou usar um colírio, mas vi pessoas aqui com os olhos praticamente colados sem conseguir abrir. Fiquei assustada e acho importante a pessoa ficar atenta”, disse.

    A médica da UPA Cascatinha Néli Barbosa Martins reforça que é importante as pessoas estarem sempre atentas aos sintomas iniciais, que são os olhos vermelhos, secreção, lacrimejamento, pálpebras inchadas e sensação de areia nos olhos. Geralmente a conjuntivite acomete ambos os olhos e os sintomas podem perdurar por até duas semanas.

    “Quando as pessoas chegam aqui como popularmente se fala, com os olhos grudados, a infecção já agravou. Então utilizamos medicamento intravenoso para que a pessoa possa abrir os olhos e aí sim poder fazer o uso dos colírios. É uma doença de rápido contágio, então sempre alertamos a buscar atendimento quando os sintomas ainda são iniciais”, reforça.

    É difícil prevenir as conjuntivites, mas algumas medidas podem diminuir os riscos: não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas); evite compartilhar toalhas de rosto; lave as mãos com frequência e não as coloque nos olhos sem higienização; use óculos de mergulho para nadar ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos; não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa); e evite nadar em piscinas sem cloro ou em lagos.

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