• Área mais crítica de riscos na cidade está em comunidade no Alto da Serra

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  • 22/05/2017 11:55

    O Plano Municipal de Redução de Riscos, apresentado pela Prefeitura, na última quinta-feira, indica a Comunidade dos Ferroviários, no Alto da Serra, como a área de maior risco da cidade. O estudo foi feito pelo engenheiro geotécnico Luiz Carlos Dias de Oliveira, da empresa Theopratic, e levou em consideração a densidade demográfica e a vulnerabilidade a desastres naturais em cada região de Petrópolis.

    O local, onde moram centenas de famílias, está imerso, segundo Luiz Carlos, numa região de instabilidade geológica. “A encosta toda ali é instável. É totalmente imprevisível. Não se sabe o que pode desprender, e nem quando. E qualquer coisa que descer da encosta pode atingir as casas, que ficam bem próximas umas das outras. É uma região que exige cuidado e atenção. É preciso fazer reparo emergencial o mais rapidamente possível”, revelou o engenheiro.

    Além da comunidade, outros pontos do Alto da Serra também estão em risco. “Quando se elabora essa questão da área de risco, para se comparar com outras, levamos em conta a vulnerabilidade dos bairros e principalmente a população que está inserida ali, naquele contexto. Contabilizamos as casas próximas. Assim, quando fazemos a análise quantitativa temos que priorizar áreas onde há maior potencial de ocorrerem riscos. Ou seja, o trabalho emergencial deve ser feito onde a população é maior”, completou. Luiz.

    Siméria, Independência e Quitandinha também reúnem grande risco. Mas a situação não está presente só no primeiro distrito. Em Cascatinha, a região do Alcobacinha também está num ponto de instabilidade de encosta. “Lá o problema é crescente. Há casas e casas próximas à encosta, e muitas delas debaixo dos maciços, onde ocorrem desprendimentos”, contou Luiz Carlos. 

    O problema, segundo o engenheiro, se agrava a cada dia. “Também tem a rua Timóteo Caldara e Alberto Pulling. São lugares que eram pouco ocupados há alguns anos, e que hoje representam grande risco. No passado, a população estava mais afastada dos maciços rochosos. Hoje as casas estão chegando cada vez mais perto, sem ideia do perigo que está por trás”, contou Luiz.

    Além de Cascatinha, os distritos de Itaipava, Pedro do Rio e Posse também possuem áreas de risco alto. No Terceiro Distrito elas estão concentradas na região da Estrada das Arcas, abrangendo as localidades de Laginha, Subida do Crioulo e Estrada do Ribeirão. 

    Em Pedro do Rio, o problema se concentra na União e Indústria, e na Estrada José Joaquim Rodrigues, localidade conhecida como Paiolinho. E na Posse, a maior vulnerabilidade a tragédias naturais está no bairro Nossa Senhora de Fátima. “Em todos esses lugares o que temos visto é o aumento da população, e principalmente: a aproximação das casas das encostas e dos blocos rochosos. Na Posse, essas casas são construídas num ponto onde a pedra é rasa, e o barranco desliza”, disse o engenheiro.. 

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