• Âncora emocional

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  • 27/11/2017 12:10

    Fantasiar, que delícia! A imaginação corre solta e nos leva por caminhos mágicos. Após experiências, podemos afirmar que o desenvolvimento da fantasia é essencial como técnica para ultrapassar problemas somatizados que, geralmente, são considerados resultado como resposta a um extremo sofrimento mental. A presença de somatizações não exclui o diagnóstico de outras doenças, ocorrendo frequentemente e simultaneamente com estas.

     Pacientes com transtornos mentais como depressão, ansiedade, síndrome do pânico ou algum transtorno de personalidade, podem ter consequências danosas sob os mais variados aspectos. Procure seguir os conselhos de Bobby McFerrin em Don't Worry Be Happy (vide internet). Se você se preocupar com um problema ele passará a ser dois. O mecanismo da fantasia, essa mola propulsora da humanidade, não tem recebido a devida atenção dos estudiosos e, menos ainda, das pessoas comuns. 

    As fantasias são criadas, em parte, com o uso da consciência, para depois percorrer os caminhos deliciosamente insensatos dos devaneios. Assim, você se julga responsável por elas, figurações tão íntimas e reveladoras que sempre dizem algo sobre a verdadeira personalidade de seu criador. Algumas fantasias são classificadas como tranquilizadoras mentais. Nessas condições, a pessoa desenvolve uma âncora que lhe traz a sensação de bem-estar. "Se não podes ser uma árvore sobre a colina, seja um graveto no vale; mas sejas o melhor graveto de todas as léguas ao redor. Se não podes ser como uma estrada, sejas uma vereda. 

    Se não podes ser o sol, sejas uma estrela. O valor não se mede pelas dimensões. Sejas o que fores… que sejas profundamente". (Marthin Luther King). O lado bom da fantasia é que ela funciona como reguladora de nossas emoções. Ela nos permite curar ou remediar feridas do passado, superar velhos conflitos, colocando-nos em paz. Certos devaneios são capazes de nos acalmar ou nos estimular positivamente, levando-nos na direção desejada. Podem servir como uma espécie de ensaio de vida, onde escolhas e ações futuras são testadas. Vários filmes já utilizaram como tema de seus roteiros a imaginação e a fantasia. Podemos citar três: “Alice no país das maravilhas”, “Uma história sem fim” e “O reencontro”. Este último, talvez menos conhecido é uma história onde Morgan Freeman interpreta Monte Wildhorn, um famoso escritor que sofreu um acidente de trânsito causado por bebida alcoólica e que, por causa disso, agora vive numa cadeira de rodas.

     Em busca de novas oportunidades, Wildhorn aceita a proposta do sobrinho de passar o feriado na casa de verão de um amigo, a única condição é a de cuidar do cão. Assim termina o escritor mal-humorado em uma cabana, numa pequena aldeia perto do lago. Ele acaba conhecendo Charlotte O’Neil, sua vizinha que vive um casamento conturbado, e que precisa cuidar das três filhas. Especialista em imaginação ele procura passar toda sua experiência para as jovens.  Uma bela história de amizade e superação, que demonstra como pequenas ações voltadas para o bem, podem mudar a vida de uma pessoa. 

    Caro leitor, se você não assistiu este filme não perca tempo. Procure e veja um dos melhores filmes que eu encontrei na minha estrada cinéfila. Na área da terapia a força imaginativa tem sido usada através da poderosa técnica da visualização criativa para promover a cura de males físicos e mentais. Haja poder, e o poder é todo seu! Use-o com sabedoria para encontrar energia extra quando estiver desanimado; para programar as ações que direcionarão seu futuro ao ponto que quer chegar. Vista a fantasia e seja feliz!

    achugueney@gmail.com


     


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