• Alunos de Petrópolis são destaques nacionais

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  • 25/06/2018 12:00

    O que o Leonardo Aielo Tassim, de 15 anos, o Lucas Ferreira Melick, de 16, e o Matheus Marinho Andrade, de 17, têm em comum? Além de serem estudantes apaixonados pelas ciências exatas, os três adolescentes foram os únicos petropolitanos premiados na Olimpíada Brasileira de Física (OBF) de 2017. A cerimônia de premiação aconteceu no mês passado, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os jovens ficaram entre os cem melhores colocados nas categorias concorrentes.

    Leonardo e Lucas são alunos do 2° ano no Colégio Bom Jesus Canarinhos. E na primeira vez que participaram da competição receberam uma menção honrosa. Já o Matheus, está no 3° ano e é aluno do Colégio Ipiranga, e participou do concurso pela segunda vez, sendo premiado com uma medalha de bronze. Para os jovens, serem premiados nesta olimpíada foi uma grande surpresa, tanto pelo grau de dificuldade que enfrentaram nas etapas, quanto pela concorrência, que foi acirrada com a participação de alunos de escolas de todo o país.

    A OBF é realizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), desde 2009. O objetivo do concurso é despertar e estimular o interesse pela física, proporcionar desafios aos estudantes, dando a eles a chance de terem uma experiência semelhante à que terão na universidade. E, com a premiação, identificar os estudantes talentosos em física, e prepará-los para as olimpíadas internacionais, além do estímulo a seguir carreiras científico-tecnológicas. 

    E essa já é uma manifestação clara na vida dos rapazes. Os três contaram que depois do ensino médio pretendem seguir a carreira de engenheiro mecânico. Mas, essa paixão pela física começou ainda na infância. “Sempre tive facilidade em descobrir coisas sozinho quando era criança, e nas ciências exatas eu percebi que poderia descobrir as coisas através da dedução, diferente das ciências humanas. E Física é a matéria que eu mais gosto”, contou Leonardo.

    Apesar da afinidade e facilidade com os números, Lucas contou que tentou se preparar para as provas. “Física é uma matéria que sempre me interessou, desde a infância. No ano passado surgiu a ideia e resolvi participar. Estudei bastante, me preparei com livros e tive a ajuda dos professores da escola também”.

    O Matheus, que já tinha experiência na competição, também teve que dedicar horas de estudo exclusivamente para os testes. “Foi bem bacana participar da olimpíada. Física é minha matéria preferida. Não estava esperando receber alguma premiação, porque é uma prova muito mais complicada, diferente do vestibular. Eu me preparei pelos livros da escola, fiz provas antigas e todas as dúvidas que tinha tirei com o professor da escola”, disse. Para o estudante, a experiência de participar de uma competição foi importante para ele “pensar fora da caixa”.

    “Foi muito interessante ver tanta gente participando, de tantas escolas diferentes. Às vezes a gente fica preso nesse ambiente que vivemos, e não vemos outras coisas. Vale a pena participar, buscar conhecimento. Ajuda a pensar de outras formas, de maneiras diferentes do que se aprende na sala de aula”, completou.

    Da OBF podem participar alunos do 8° e 9° ano do Ensino Fundamental e da 1°, 2° e 3° séries do Ensino Médio e estudantes da 4° série do Ensino Técnico que não tenham ingressado no ensino superior, de instituições de ensino que tenham pelo menos um professor credenciado. As provas são divididas em três etapas, as duas primeiras são realizadas nas escolas, e a final é realizada na capital. A terceira etapa de 2017, de que os alunos participaram, foi realizada no campus da Uerj no Rio. Os alunos que tiverem os melhores desempenhos são convidados para participar da Olimpíadas Internacionais de Física (OIF), realizada no ano subsequente à realização da OBF. 

    Neste ano, já aconteceu a primeira etapa da OBF de 2018, e os jovens estão participando. Para o Lucas, dedicação e esforço são fundamentais para quem quer participar a competição. “Não desistam, são muitos participantes e muita gente se vê desmotivada por isso. Mas,com esforço e dedicação é possível passar nas etapas”, destacou.. 

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