• Abandono do casarão Nair de Teffé preocupa moradores da Estrada da Saudade

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 05/07/2018 08:43

    Pichações, rachaduras, janelas quebradas e telhado em ruínas. O abandono do casarão Nair de Teffé, na Estrada da Saudade, preocupa vizinhos e pedestres que passam pelo local diariamente. Ocupado por pessoas em situação de rua, o imóvel – que é particular – sofreu um princípio de incêndio, na última terça-feira (5), depois que atearam fogo em lixo que estava armazenado na varanda. Após o incidente, a Prefeitura informou que enviará um técnico da Defesa Civil e Ações Voluntárias ao local.


    Apesar do fogo, que assustou os vizinhos, o Corpo de Bombeiros não foi acionado e as chamas foram apagadas pelos ocupantes do imóvel. Logo na entrada da casa, é possível flagrar colchões, cobertores, restos de comida e embalagens de entorpecentes e preservativos. A Prefeitura informou que a Secretaria de Assistência Social enviará uma equipe ao local para averiguar a situação. De acordo com o município, em maio do ano passado, a Defesa Civil recomendou a restauração completa da estrutura do casarão por conta das condições de abandono constatadas. O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informaram que não têm nenhuma atribuição com relação ao imóvel. A Tribuna não conseguiu entrar em contato com os proprietários. 


    Sobre o Casarão Nair de Teffé – Durante anos o imóvel foi sede da Fundação Paulo Amorim e já foi utilizado pelo município para abrigar uma clínica, uma escola, posto de saúde e a Secretaria de Trabalho e Assistência Social – Setrac. A casa está vazia há anos e até um homicídio já foi registrado no local. Em agosto de 2016, um pedaço do telhado e da mureta caíram na rua e na calçada, que chegou a ser interditada pela Defesa Civil. Por conta do abandono, a casa já teve portas e janelas arrancadas. No interior, há pilhas de entulho, restos de obra, roupas, garrafas de bebida e muito mato e lixo. O prédio pertenceu à pintora, cantora, atriz e pianista Nair de Teffé, viúva de Marechal Hermes de Fonseca, que o herdou após a morte dos pais. Nair deixou o espaço em 1940, quando mudou-se para o Rio. 

    Últimas