• A nossa realidade diante de Jesus

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  • 13/04/2018 13:00

    A irmandade de plano material está sempre voltada a intenções abusivas, a pretensões de arrebatamentos próprios e egoístas, porém a irmandade de planos espirituais, está sempre se revelando por práticas puras de sentimentos plenos e seletos. Isto nos aconteceu quando a luz divina nos mostrou que nossos entrelaçamentos eram pueris e vistos de forma orgulhosa e triste, pois a nossa idade mental e espiritual ainda não detinham a ilustração certa a mensurações mais elevadas e sublimes, e, em total alheamento, não precisamos o imenso valor Daquele que chegamos a ver e a tocar.

    Diante de falhas nos palcos da Galileia, nosso "pretenso poder" se tornou abalado e nossas convicções se modificaram em face da escolha de vida de muitos daqueles que conviviam conosco e aos quais dedicávamos amor e ternura.

    Como veem, a rudeza de época, a inibição a distendermos valores maiores, a falta de humildade e compreensão diante de criaturas simples, mas tremendamente evoluídas, nos fez passar por momentos muito difíceis.

    A nossa realidade de época, quando encarnados na passagem do Mestre na Terra, somente nos deu a certeza de que abusamos do poder e nos ligamos a criaturas que detinham valores indignos e rupturas com a seleta moral, criaturas que dominavam e que pouco se ligavam a verdadeiros valores, pois estavam voltadas para o prazer da conquista e da libido, das viciações e dos abusos a outros seres que, em atitudes simples e humildes, lhes serviam de repasto aos olhos e aos sentidos.

    Esta "libertinagem" pastoral e política trouxe a Europa e a Ásia a palcos de grandes sofrimentos, trouxe a descoberta de valores maiores quando, depois da morte de Jesus, a Sua imagem se transformou e se dilatou, ofertando uma janela para o Infinito, por onde as criaturas simples e humildes poderiam passar.

    Por isso, estamos aqui, diante de todos, nos colocando em análise aberta, junto a um sistema de cultura espiritual liberado por Deus em palcos de terremotos e luxúrias, onde os sentimentos plenos e belos, os verdadeiros sentimentos, tinham que ser ocultados por falta de visão daqueles que nos detinham nas mãos.

    Somos, hoje, ovelhas do Cristo, mas já fomos o lobo que o queria preso entre as presas e atrelado ao poste do extermínio.

    A colocação dos filósofos e pastores da época cristã era dúbia, enfadonha e à parte toda contestação das criaturas, as mensagens de Jesus, a Sua apresentação e aparições, o Seu pastorear evangélico disseminaram a paz, o amor e a caridade, incomodando a todos, pois divergiam das posturas de época.

    É doloroso falar do Mestre, pois, na época, a nossa colocação não demonstrava solidariedade e a nossa situação de prelados romanos nos impunha termos de vida e de acasalamento político, constrangendo-nos, por vezes, por termos em lar doméstico a doçura do amor, o esclarecimento espiritual e as lições de humildade de vida, entre outros tantos predicados e abstinências não entendidos ou percebidos. 

    Meus irmãos, as contingências de nossas encarnações nos trazem os esclarecimentos abastados, para que, em usufruto deles, possamos dilatar as nossas percepções e sensibilidades espirituais.

    As lições que recebemos do mundo, da vida, nos serviram para novas posturas, relacionamentos mais profundos e verdadeiros. Por isso, a lição percebida e entendida, hoje, nos dá a oportunidade de nos lançarmos melhor nestes diálogos.

    Angela Coutinho

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