• A ciência dos telômeros

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  • 13/11/2017 13:00

    A busca da imortalidade é a maior ambição entre os humanos. Diversas vezes o tema é escolhido para ser a ideia central de filmes, livros, poemas e teses. O Santo Graal já apareceu muitas vezes no cinema, como na série Indiana Jones, no anime Sailor Moon e no anime Fate Stay Night, num filme do grupo inglês Monty Python, no filme O Código Da Vinci, num filme chamado O Sangue dos Templários e em As Aventuras de Merlin, sendo referido como cálice da vida. 

    De um modo simplório, é revelado que aquele que bebesse no cálice teria a vida eterna. A fonte da juventude eterna não foi ainda descoberta, mas a ciência mostra claramente que a nutrição pode retardar o ritmo de envelhecimento biológico. Neste artigo vamos enfocar este assunto através de descobertas como a dos alimentos e suas importâncias na saúde e como a ciência dos telômeros funciona no interior das nossas células para proporcionar mais longevidade com qualidade de vida. Primeiramente vamos tecer comentários sobre o DNA.

    O DNA é um aglomerado de moléculas que contém material genético. Esse material é determinante para o bom funcionamento dos seres vivos e da formação das características físicas. Sua formação é tão importante que, qualquer alteração nele, pode resultar em grandes mudanças, mutações, na própria formação de um ser vivo. Além disso, sua destruição leva à morte celular o que, em grandes proporções, pode levar à morte. 

    Um telômero é uma sequência repetida de DNA que se encontra na extremidade de todos os cromossomas. Explicando de forma simples, no interior de todas as células existe DNA que está organizada em estruturas longas chamadas de cromossomas. Quando se dá a divisão celular, esses cromossomos são duplicados, o que permite a replicação do DNA e por sua vez das células que servem para tudo no corpo como reparação de tecidos, órgãos, etc…

    Os telômeros são como tampas nas extremidades desses cromossomas, que têm como função principal a replicação das células e a proteção do DNA. Simplificando ainda mais, isso quer dizer que se os telômeros estiverem com boa saúde isso vai facilitar a replicação celular e proteger os cromossomas. Isso faz com que as células, que são os blocos construtores de todo no organismo estejam saudáveis, logo, aumentando a qualidade de vida, saúde e longevidade. 

    Ou seja, sermos proativos no que aumenta os telômeros é um importante passo antienvelhecimento. Em termos de nutrição e relacionado com a saúde dos telômeros, para além das quantidades adequadas de vitaminas e minerais, o que realmente faz a diferença é o aumento do consumo de alimentos ricos em enxofre, colina, vitamina B12, ácido fólico e vitamina B6. O que acontece quando envelhecemos, é que as células não se replicam com a mesma facilidade do que quando somos jovens, devido exatamente à diminuição do tamanho dos telômeros.

    Quando a taxa de substituição das células existentes é menor no nosso organismo, estamos mais propensos a doenças e sofremos um maior desgaste dos vários componentes biológicos. Elizabeth Blackburn, presidente do Salk Institute, instituição de ponta em estudos biológicos nos USA, relata em seu livro “O segredo está nos telômeros” que uma das descobertas mais surpreendentes sobre os telômeros não é somente o seu impacto decisivo no envelhecimento, mas também o fato de serem capazes de se regenerar e até mesmo de aumentar de tamanho ao longo da vida. Além disso, práticas como a meditação, introspecção, pensamento positivo e agradecimento, ajudam no processo. Assim, caros leitores, nem tudo está perdido. Salve os telômeros! achugueney@gmail.com. 

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